Antecipe sua aposentadoria: saiba o que você precisa para conseguir!

 

Antecipe sua aposentadoria: saiba o que você precisa para conseguir!

Antecipar a aposentadoria é o objetivo de milhões de trabalhadores brasileiros. A legislação previdenciária permite que determinados períodos e vínculos sejam incorporados ao tempo de contribuição, reduzindo a espera para conquistar o benefício.

Tempo rural, serviço militar, trabalho no exterior, vínculos ausentes no CNIS, períodos de auxílio-doença, ações trabalhistas e atividades insalubres estão entre os fatores que podem adiantar a concessão. A chave está em conhecer cada possibilidade, reunir os documentos corretos e, em muitos casos, contar com apoio especializado para não deixar direitos de fora.

Antecipe sua aposentadoria: saiba o que você precisa para conseguir!
Imagem: fizkes/shutterstock.com

Leia mais:

Aposentadoria: saiba se você pode antecipar a sua!

Quais vínculos podem antecipar a aposentadoria

Períodos rurais

O trabalho no campo pode fazer grande diferença no planejamento previdenciário:

  • Até novembro de 1991, qualquer atividade rural conta como tempo de contribuição, mesmo sem recolhimento.
  • Após essa data, só vale para aposentadoria rural do segurado especial.
  • Em 2020, o STJ reconheceu que até o trabalho rural infantil, realizado por menores de 12 anos, pode ser contabilizado.

Tempo de serviço militar

O período de serviço militar obrigatório ou voluntário é considerado tempo de contribuição. Para incluí-lo, é necessário apresentar o Certificado de Reservista ou Certidão emitida pela Junta Militar.

Tempo como aluno-aprendiz

Quem estudou em escolas técnicas como aluno-aprendiz pode ter esse tempo reconhecido, desde que prove:

  • Retribuição material (alimentação, uniforme, material escolar);
  • Custos pagos pelo orçamento público;
  • Produção de bens ou serviços para terceiros.

Trabalho no exterior

Para quem trabalhou fora do Brasil, é possível aproveitar o período desde que o país tenha acordo internacional de Previdência Social com o Brasil. Nesses casos, ocorre a soma de períodos e cada país paga o benefício proporcional ao tempo de contribuição.

Trabalhos não registrados no CNIS

O Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) pode apresentar falhas, especialmente em vínculos antigos ou informados incorretamente. Para regularizar, o trabalhador deve apresentar provas como carteira de trabalho, contratos, holerites ou carnês de contribuição.

Período em auxílio-doença

O tempo em que o segurado recebeu auxílio-doença conta para a aposentadoria, desde que haja contribuições antes e depois do afastamento. O STF também reconheceu que esse período vale para a carência.

Ação trabalhista

Decisões judiciais podem reconhecer vínculos ou salários não registrados. O segurado pode pedir a inclusão desses períodos no CNIS com base nos documentos do processo trabalhista.

Trabalho no serviço público

O tempo de contribuição no setor público pode ser aproveitado no INSS por meio da Certidão de Tempo de Contribuição (CTC), emitida pelo órgão público onde o servidor trabalhou.

Conversão de atividade especial

Até novembro de 2019, era possível converter tempo especial em comum com acréscimos. Após a Reforma da Previdência, essa conversão só vale para períodos anteriores à mudança na lei.

Contribuições em atraso

Trabalhadores autônomos e facultativos podem pagar contribuições em atraso, desde que comprovem a atividade no período. O pagamento retroativo pode adiantar a aposentadoria, mas deve ser avaliado em planejamento previdenciário para evitar gastos desnecessários.

Aposentadoria para quem trabalha em condições insalubres

Antecipe sua aposentadoria: saiba o que você precisa para conseguir!
Imagem: @tongstocker1987 / freepik

Trabalhadores expostos a agentes nocivos podem se aposentar mais cedo por meio da aposentadoria especial. As regras atuais exigem idade mínima e tempo de contribuição variável conforme o grau de risco:

  • Alto risco: 15 anos de contribuição e 55 anos de idade;
  • Médio risco: 20 anos de contribuição e 58 anos de idade;
  • Baixo risco: 25 anos de contribuição e 60 anos de idade.

Para comprovar o direito, é necessário apresentar documentos como o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) e o LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho). O adicional de insalubridade no salário, sozinho, não é suficiente.

O que fazer se o CNIS estiver incorreto

Erros no CNIS podem prejudicar o tempo de contribuição e o valor do benefício. Entre os problemas mais comuns estão salários registrados de forma incorreta, vínculos ausentes ou sem data de saída e vínculos extemporâneos.

Quando isso ocorre, o segurado deve pedir o acerto do CNIS e apresentar documentos como carteira de trabalho, holerites e contratos de trabalho.

Quando a empresa não repassa ao INSS

Se a empresa descontou a contribuição, mas não fez o repasse ao INSS, o trabalhador não pode ser prejudicado. O vínculo deve ser reconhecido normalmente, desde que haja documentos como CTPS, recibos ou holerites.

Caso não haja prova da remuneração, o INSS considera apenas o valor do salário mínimo, o que pode reduzir o benefício. Por isso, é fundamental comprovar não só o vínculo, mas também a remuneração real.

Importância do planejamento previdenciário

Antecipe sua aposentadoria: saiba o que você precisa para conseguir!
Imagem: Freepik e Canva

Reunir documentos, corrigir informações no CNIS e avaliar a vantagem de recolher contribuições em atraso exige conhecimento técnico. Por isso, o planejamento previdenciário é essencial para antecipar a aposentadoria de forma segura.

Um especialista pode simular cenários, analisar regras de transição e indicar a estratégia mais vantajosa, evitando perdas financeiras e aumentando as chances de concessão rápida do benefício.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem