Hytalo Santos: indício de 'ocultação de patrimônio' embasou bloqueio de bens e valores até R$ 20 milhões

 

Por g1 PB

 

Justiça bloqueia bens de Hytalo Santos e marido após denúncia do MPT-PB

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O Ministério Público do Trabalho (MPT) apontou indícios de ocultação patrimonial de Hytalo Santos, preso com o marido Israel Vicente pela suspeita de tráfico de pessoas e exploração sexual, como motivo para o bloqueio dos bens do paraibano e do marido pela Justiça do Trabalho da Paraíba.

Entre os bens bloqueados estão carros, empresas e outros valores que podem chegar até R$ 20 milhões do casal. A decisão acontece no âmbito trabalhista da apuração contra o influenciador. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) também investiga Hytalo Santos e o marido por outros crimes.

O MPT afirmou que há indícios de ocultação do patrimônio por parte do casal, com “movimentação financeira atípica e manobras de ‘blindagem’, ocultação e dissipação patrimonial”. Como o processo corre em segredo de Justiça, o órgão não revelou mais detalhes sobre como acontecia essa ocultação.

🔎 A ocultação de patrimônio é a prática de esconder ou dissimular a existência de bens para evitar que eles sejam descobertos ou apreendidos, seja por credores, cônjuges em processos de divórcio, ou por autoridades em casos de investigação.

A medida para o bloqueio é para garantir o futuro pagamento de “indenização por dano moral coletivo e medidas de reparação e assistência às vítimas”, segundo o MPT.

g1 entrou em contato com a defesa de Hytalo Santos e do marido, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

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As investigações começaram, segundo o MPT, por uma denúncia anônima em 17 de dezembro de 2024. O procurador do trabalho, Flávio Gondim, disse que "não há como negar que há exploração do trabalho infantil" na produção dos vídeos do influenciador.

O foco da investigação do MPT é a apuração da possível ocorrência de pelo menos três irregularidades trabalhistas:

  • ‘trabalho infantil digital’, com a gravação intensa de vídeos diários direcionados pelo Hytalo;
  • ‘exploração sexual’ considerada crime;
  • ‘tráfico de pessoas’, por indícios de aliciamento em outra cidade, deslocamento, alojamento, privação de liberdade e ameaças às crianças.

Investigações no Ministério Público

Além da apuração no MPT, Hytalo também é alvo de investigações do Ministério Público da Paraíba (MPPB), anteriores à denúncia do youtuber Felca que, em 6 de agosto, citou em um vídeo a atuação do influenciador na criação de conteúdos com menores de idade nas redes sociais. O caso é dividido em duas promotorias do MP, a de Bayeux e a de João Pessoa:

  • Bayeux: a investigação é da promotora Ana Maria França. A apuração começou em 2024 após denúncias de vizinhos do condomínio de Hytalo de que adolescentes faziam topless e participavam de festas com bebida alcoólica.
  • João Pessoa: o responsável pela condução dos trabalhos é o promotor João Arlindo, que investiga a possibilidade de um esquema feito por Hytalo Santos para obter a emancipação desses menores de idade em troca de presentes, como celulares, para os familiares deles.

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